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PROJETO

Informações técnicas

Para mais informações, acesse o projeto de pesquisa completo:

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RESUMO

   Tendo em vista a evolução da pandemia de COVID-19 no Brasil, e a adoção de medidas de restrição social, é esperado um aumento dos casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtornos de ansiedade e depressão. Em situações de epidemia, os serviços de saúde mental podem se tornar sobrecarregados; contudo, não se sabe qual a evolução desses transtornos ao longo do tempo. Este estudo objetiva monitorar a evolução dos sintomas de TEPT, ansiedade e depressão durante a pandemia de COVID-19 em brasileiros, e investigar fatores de risco sociodemográficos relativos à história psiquiátrica e contágio, assim como traços mal-adaptativos da personalidade e crescimento pós-traumático. Será um estudo longitudinal, realizado através de questionários online, com uma amostra de conveniência não-probabilística. Os critérios de inclusão são: ser brasileiro nato ou residir no território brasileiro; ter mais de 18 anos; ter acesso a dispositivos digitais; e ser alfabetizado. Espera-se uma amostra de, no mínimo, 2000 pessoas. Os instrumentos aplicados são um questionário de pesquisa, o Posttraumatic Checklist 5 (PCL-5), a Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21), o Inventário de Personalidade para o DSM-5 – forma breve (PID-5-BF), e o Inventário de Crescimento Pós-Traumático (PTGI). O estudo será realizado em quatro etapas: entrada, um mês, três meses, e seis meses após. O estudo conta com participação voluntária, com a concordância através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta dos dados será realizada em 2020, e o estudo será concluído em 2021. Será financiado com recursos próprios, e buscar-se-á incentivo através dos órgãos de fomento à pesquisa.

 

Palavras-chave: Pandemias; Estresse Psicológico; Depressão; Transtorno de Estresse Pós-Traumático; Transtornos de Ansiedade.

OBJETIVOS

Geral

Monitorar a evolução da sintomatologia de TEPT, depressão e ansiedade numa amostra de brasileiros, durante a pandemia de COVID-19, e identificar fatores de risco sociodemográficos e relacionados aos traços mal-adaptativos da personalidade.

Específicos

  • Identificar padrões de evolução (trajetórias) de sintomas de TEPT;

  • Documentar e relatar em tempo real a prevalência amostral e gravidade dos sintomas de TEPT no início, durante, e no declínio da pandemia;

  • Verificar fatores de risco sociodemográficos e relacionados aos traços mal-adaptativos da personalidade associados às trajetórias de sintomas de TEPT;

  • Verificar a estabilidade dos traços mal-adaptativos da personalidade durante a pandemia, ou seja, comprovar que tais traços permanecem estáveis mesmo durante acontecimentos da vida, ou não;

  • Relacionar a sintomatologia com variáveis atribuídas à exposição ao COVID19, como contato com casos, ter contraído a doença, estar em regiões da alta incidência, estar em quarentena/isolamento social e demais;

  • Comparar sintomas apresentados por profissionais que não puderam entrar em quarentena durante o período indicado (profissionais de áreas essenciais, como da saúde, limpeza, setor alimentício, setor de entregas, etc.), com indivíduos que ficaram em quarentena;

  • Relacionar crescimento pós-traumático às trajetórias de TEPT e traços de personalidade.

HIPÓTESES

Tendo em vista que a pandemia de COVID-19 está em plena evolução no Brasil e no mundo, e o momento no tempo em que o país se encontra, este estudo traz as seguintes hipóteses:

 

  • H1: Há, pelo menos, quatro trajetórias de sintomas de TEPT, identificadas ao longo de 6 meses de evolução: pouco sintomática (resistente), recuperação rápida (resiliente), crescimento gradual, e crônico.

  • H2: As trajetórias de sintomas mais graves estão associadas a piores indicadores sociodemográficos (desemprego, ser solteiro, baixa renda, etc..)

  • H3: Traços de personalidade, como afetividade negativa, desinibição e psicoticismo estão associados a pior evolução dos sintomas.

  • H4: O crescimento pós-traumático, seis meses após o início do estudo, está negativamente associado à afetividade negativa e desapego; e associado positivamente com psicoticismo.

  • H5: Os traços mal-adaptativos da personalidade permanecem estáveis durante seis meses de evolução, na trajetória resistente e resiliente.

INFORMAÇÕES DE REGISTRO

Projeto: Monitoramento da evolução da sintomatologia pós-traumática, depressão e ansiedade durante a pandemia da COVID-19 em brasileiros

 

Pesquisador responsável: Prof. Dr. Vitor Crestani Calegaro

(CRM 31676 - RQE 25478)
 

Instituição/Departamento: Universidade Federal de Santa Maria / Departamento de Neuropsiquiatria
 

Número de registro: 053991 


Esta pesquisa foi avaliada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), CAAE 30420620.5.0000.5346. 

Financiamento: este projeto está sendo custeado com recursos próprios dos pesquisadores.

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